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Título:
A
GRAVATA DE VILLON
Autor: Attila F. Balázs
Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 60 Gênero: Poesia romena Publicação:
Poesia pelo mundo, 2023
ISBN 978-65-980457-0-8
A poesia de Attila F. Balázs é uma poesia
do estranhamento. O poeta é um ser que, mesmo coexistindo
dentro do sistema, se opõe a ele, e dispõe a poesia que faz
como uma arma de denúncia. O mundo o invade com sua
violência e, muitas vezes, o seu tédio. As palavras parecem
ser mais reativas à realidade do que fruto de uma elaborada
consciência reflexiva. Uma escrita automática, às vezes. Por
isso, são vias cáusticas e irreverentes. Não que não exista
na poesia do autor visão de mundo, ou ideologia. Mas a
descrença é o dom maior, ou o dó maior dessa pauta.
Relaciona-se de longe com os poetas malditos, do qual Villon
é inclusive o título. Mais proximamente comunga com a
geração beat norte-americana. Sua poesia é feita dessas
nuances de revolta e melancolia. Tinge-se das tintas do dia
a dia, das notícias dos jornais e da internet, colore-se do
sangue das guerras externas e das batalhas internas.
Inscreve-se no coloquial onde as palavras são bens de troca,
para dar-lhes significado e valor. O seu mundo, aquele que
lhe foi dado viver, naquela região da Europa, viu muitos
regimes alçarem-se e caírem, enquanto o indivíduo é levado
adiante junto com seus semelhantes, para onde? O poeta se
pergunta sempre para onde irão ele e seus irmãos caminhantes
num mundo onde o absurdo fez morada sem pedir licença. É
poesia do desencontro, poesia da procura por algo que não se
sabe se estará na linha do horizonte, algum dia. A poesia
ocupa o espaço do vazio, preenche o nada. A poesia tem
serventia?
Sobre o autor:
Attila F. Balázs nasceu na Transilvânia em 15 de janeiro de
1954. Fez seus estudos no Instituto de Teologia Católica em
Alba Iulia. Graduou-se em Biblioteconomia e tradução
literária em Bucareste. Trabalhou como bibliotecário no
Condado de Harghita Biblioteca em Miercurea Ciuc até 1989.
Em 1990, mudou-se para a Eslováquia. Entre 1990 e 1992 foi
editor do Szabad Újsag (Bratislava), colaborou com o Új Szó
e era o gerente da Madách - House em Bratislava. Em 1994,
fundou a Editora AB-ART, da qual é diretor até agora. É
membro da Associação de Escritores Húngaros ' da
Academia Europeia de Ciências, Artes e Letras, Paris. É
autor de mais de doze livros de poesia e prosa, e é tradutor
de cinquenta livros de poesia e ficção. Attila F. Balázs
recebeu inúmeros prêmios em reconhecimento ao seu trabalho
literário: Prêmio Opera Omnia Arghezi (Târgu Jiu, Romênia
2014; Prêmio Dardanica, Bruxelas-Prishtina; Prêmio Lucian
Blaga (Romênia, 2011); Prêmio Lilla (Hévíz, 2011); Prêmio
EASAL, Paris, 2020; Prêmio Madách (Eslováquia, 1992); World
English Writer’s Índia, 2019; Prêmio Lukijan Mušicki,
Belgrado, Sérvia, 2019; Prêmio internacional Dardanica,
Bruxelas / Prishtina, 2019; Prêmio Internacional Camaiore,
Itália, 2021; Prêmio Forbáth, Eslováquia, 2021, No dia 10 de
outubro de 2018, o Conselho de Curadores da Academia Mundial
de Artes e Cultura confere a F. Attila Balázs o Grau
Honorário de Doutor em Letras. (Emitido no XXXVIII Congresso
Mundial de Poetas em Suiyang, China). Suas obras foram
traduzidas em 20 idiomas. Poeta convidado, participa
regularmente de diversos festivais em todo o mundo (
Nicarágua, Colômbia, Venezuela, Canadá, Turquia, Peru,
Equador, Marrocos, Macedônia, China, Vietnã, Tcheca
República, Eslováquia, Áustria, Azerbaijão, Moldávia,
Romênia, Sérvia, Montenegro, Quênia, Espanha, Itália. No
Brasil, publicou o livro de poesia Minimal, pela editora Aty,
Porto Alegre, 2013, com tradução de Carolina Degrazia e José
Eduardo Degrazia.
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