
R$ 38,00

eBook

|
Título:
A MENOR IDEIA Autor:
Lota Moncada
Capa: Elizethe Borghetti
ISBN 978-85-94187-23-9
Dimensões: 14 x 21 cm Páginas: 130 Gênero: Poesia Publicação: Class, 2018
Lota Moncada nasceu rodeada de poetas. E de
grandes poetas: Julio Moncada, seu pai, Pablo Neruda e
diversos outros nomes da cena chilena e, mais tarde,
uruguaia. Tem uma carreira premiada como atriz. Junta as
duas artes também, dizendo e interpretando a voz do texto
poético como poucos. Agora, a atriz-poeta, e vice-versa,
estreia em livro individual. Sua poesia, publicada em
antologias e nas redes sociais, ganha finalmente um volume
próprio. Seu texto traz as marcas da poesia de língua
espanhola e uma convivência amorosa com a lírica brasileira.
Nessa mistura, no entanto, a nota grave, tangueira, sempre
fala mais alto. Escute ao final de cada ótimo poema deste
livro a assinatura sonora do tango de Lota Moncada.
Ricardo Silvestrin
Faz algum tempo que acompanho os poemas de Lota Moncada nos
diversos suportes em que eles se deixam visitar: na
variegada oferta das redes sociais, nas festas e saraus em
que os versos celebram a tradição oral, em coletâneas e em
antologias, em gravações, canções e cadernos coletivos.
Faltava apenas o livro individual. Não falta mais.
Porém, a poesia, ao contrário de outros gêneros, nem sempre
exige uma versão impressa para sua legitimação. Quem teve a
oportunidade de assistir a uma leitura pública de Lota
falando seus próprios poemas ou apresentando textos de
outros autores da sua predileção, sabe bem do que se trata.
Confluem, nesse exercício de sensibilidade, as artes de
poeta e o ofício de atriz. Ao fazer e ao dizer, Lota veste a
poesia como uma roupa íntima que oculta e revela. Mais do
que isso, seduz. Um eventual toque de ironia ou uma pitada
ocasional de humor completam a receita. Impossível resistir.
Mas o prato do dia é este livro que o leitor tem em mãos.
Todo leitor de poesia que se preze é também um poeta, ao
menos durante o tempo que dura essa leitura. E é nessa
condição que vai achar, nas páginas que seguem, material
para nutrir sintonias e partilhar descobertas.
O cardápio é diversificado, começando pela oferta, para
degustação, de alguns poemas breves, de apenas três ou
quatro versos, em que não é raro achar o bom uso de um
recurso comum aos haicais e aos microcontos, onde a última
linha abusa da surpresa, tiro de misericórdia que derruba o
leitor ou, ao contrário, o conquista.
Jorge Rein |