
R$ 72,00
Frete grátis
 |
Título:
QUADROS HORRIPILANTES
Autor: Francisco de Paula Pires
Organização: Jandiro Adriano Koch
ISBN:
978-65-6056-158-8
Formato: 15,5 x 23 cm.
Páginas: 188 Gênero: Novelas, Poemas e Crônicas Publicação:
Bestiário, 2025Trata-se de um romance ou
de duas novelas escritas pelo pelotense Francisco de Paula
Pires em 1883. Romance naturalista que trata da vida de duas
irmãs. Contexto: Pelotas, Porto Alegre.
Relevância: O RS sempre é colocado em escanteio nas
pesquisas literárias sobre gays, lésbicas, dissidências
sexuais e de gênero na literatura brasileira. Sobressaem
textos como Bom-crioulo e O cortiço, que são considerados
vanguardistas. Com a localização de Quadros horripilantes,
que se acreditava perdido, isso muda. A publicação é
anterior às demais e, na segunda parte do livro, apresenta
relações homoeróticas. Um achado.
Sobre o autor
Francisco de Paula Pires
Poeta, novelista, ensaísta e jornalista, Francisco de Paula
Pires nasceu em Pelotas/RS no dia 1º de agosto de 1846 e
faleceu em 18 de julho de 1915, na mesma cidade.
Desenvolvedor de intensa atividade cultural, colaborou como
redator no “Tribuna Literária”, “Álbum Literário” e “O
Radical”, onde era coproprietário. Também no “O Democrata”,
no “Correio Mercantil”, na “Arena Literária”, na “Ventarola”
entre outros, além de exercer o magistério nos colégios
Honra e Trabalho e Redenção.
Residiu algum tempo em Rio Grande e Bagé, onde redigiu para
diversos órgãos locais. Foi, durante 16 anos, funcionário
(bibliotecário) da Biblioteca Pública Pelotense, à qual
prestou relevantes serviços.
Integrou, como secretário, o Grêmio Literário dos Lunáticos,
entidade literária formada por associados da BPP que
promoveu o lançamento do opúsculo “Charitas”, cuja renda foi
utilizada para custear o tratamento do poeta Lobo da Costa,
internado na Santa Casa de Pelotas.
Literariamente, usava os pseudônimos Felício Peres, Júlio
Silvino, Marylandico e em sua bibliografia destacam-se:
“Quadros Horripilantes”, cenas Naturalistas (Pelotas, 1883);
“Rimas” (Pelotas, 1888); “O Rio Grande do Sul”, ensaio (Rio
Grande, 1892); “De moço a velho”, versos (Pelotas, 1906),
etc.
Foi, juntamente com Carlos Renault e Antônio Campos, um dos
antologistas de Sonoras (1891), livro que trazia produção de
diversos autores nacionais e ainda participou, com uma
inestimável colaboração no Dicionário Bibliográfico
Brasileiro, de Sacramento Blake (1883- 1902), conforme nos
informa BORGES (2007). Ainda publicou artigos em jornais da
época.
Foi compilador da obra de Francisco Lobo da Costa, reunindo
os versos e prosas do desventurado poeta, em três livros.
Alice Moreira (1994) ressalta isso, quando diz que: "quatro
livros são coletâneas póstumas, das quais três organizadas
pelo mesmo compilador, Francisco de Paula Pires, que dedicou
os últimos trinta anos de sua vida à tarefa de reunir e
publicar os poemas do vate pelotense. Feita a colação,
constatou-se ainda que, se deve a Paula Pires a conservação
de parte substancial da obra poética e de sua glória
póstuma". (MOREIRA,1994).
Nos idos da década de 1880, Paula Pires combateu ao lado de
Paulo Marques e Damasceno Vieira nas trincheiras dos que
defendiam o Realismo Positivista contra a Escola Romântica,
conforme nos revela Borges (2007).
Referências:
BORGES, Luís. Breviário da prosa romanesca em Pelotas:
subsídios para uma história literária: século XIX: síntese
crítica e histórica para uso escolar. Pelotas: Instituto
João Simões Lopes Neto – JC Alfarrábios, 2007.
COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de
literatura brasileira. São Paulo: Global; Rio de Janeiro:
Fundação Biblioteca Nacional, Academia Brasileira de Letras,
2001. (2 vol.)
MACHADO, Antônio Carlos. Dados Biográficos de Francisco de
Paula Pires. In: Projeto Passo Fundo. Passo Fundo: 1952.
MOREIRA, Alice Therezinha Campos. Gênese e Memória. São
Paulo: Annablume, 1994. |