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Título:
VELÂMPAGOS seguido de LUMINÚRIAS
Autor: Carlos Nejar
Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 174 Gênero: Poesia Publicação:
Bestiário, 2022
ISBN Bestiário
978-65-85039-06-2
VELÂMPAGOS é uma
coleção de haicais e móbiles:
Vasos de cigarras
sobre os gritos troncos
e os pombos-relâmpagos.
Chama ou flor
mais altas:
as auroras dormem.
Dentes e olhos, chapéu.
Raposa em flor é o céu.
Mirtos e mitos roem.
Embaracei a dor.
Braças de rios bemóis
tocam o tempo, boi.
Carros rangem com os faróis.
E os amantes pelo vão
corpos plantam nos lençóis.
LUMINÚRIAS, uma coleção de poemas, composto de
I. ANTI-SERMÃO AOS PEIXES
II. A ALMA TODA ACESA
VENTURA
1.
Alma, alma tão espessa,
por que buscaste ventura
atrás do que não almejas,
com asas que não são puras.
2.
Ó alma que coisa é tua,
ou talvez contraparente,
se desejas mais altura,
voa dentro da semente.
Sobre o autor:
CARLOS NEJAR nasceu em Porto Alegre, RS, em 1939. É poeta,
ficcionista, tradutor e crítico literário, membro da
Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de
Filosofia. Um dos mais importantes poetas da sua geração,
Nejar destaca-se pela riqueza de vocabulário e pela
utilização das aliterações, que tornam seus versos musicais.
Lançou seu primeiro livro, Sélesis, em 1960. Traduziu Pablo
Neruda e outros grandes poetas. A publicação “Quarterly
Review of Literature”, de Princeton, New Jersey (EUA), em
seu cinquentenário, escolheu o poeta como um dos grandes
escritores da atualidade. Único representante brasileiro
indicado pela influente revista norte-americana, entre
cinquenta autores selecionados. Considerado um dos 10 poetas
mais importantes do Brasil, pela revista “Literature World
Today”, Winter, 2002, Oklahoma, EUA. Considerado um dos 37
poetas-chaves do século, entre 300 autores memoráveis, no
período de 1890-1990, pelo crítico suíço Siabenman, em
“Poesia y Poéticas del Siglo XX“ en la América Hispana y el
Brasil (Madri: ed. Gredos, 1997). É detentor de vários
prêmios literários: Prêmio Nacional de Poesia Jorge de Lima
(1971) do Instituto Nacional do Livro; Prêmio Fernando
Chinaglia (1974) da União Brasileira de Escritores, com O
Poço do Calabouço, como o melhor livro de poesia do ano;
Prêmio Luísa Cláudio de Souza (1977) do PEN Clube do Brasil,
pelo seu livro de poesia Árvore do Mundo; Prêmio Érico
Veríssimo (1981); Prêmio Cassiano Ricardo, do Clube de
Poesia de São Paulo, (1996); Prêmio de Poesia da Associação
Paulista de Críticos de Arte (1999), entre muitos outros. |